quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Os meus que não são meus


Allana hoje já é uma moça, com três anos

Maria Joana já fez um aninho de fofura

Lucca continua bebezico, mas é um homenzinho

Sophia linda de titia, tá mais fofae esperta

Dia das Crianças é uma data tão bonitinha!!! Então resolvi homenagear os ‘meus’ que não são meus, mas que eu amo como se fosse realmente sobrinhos.

Amo-os porque amo suas mães e porque vibrei com cada notícia desde que soube de suas chegadas.

Amor, proteção, segurança e bons ensinamentos. É isso que desejo a todas as crianças do mundo, em especial a Allana, Maria Joana, Lucca, Sophia e a Ana Luísa, filha de uma mulher que eu não conheço, mas aprendi a admirar através de um blog.

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No dia em que eu precisar comprar presentes...



19h30 em um dos shoppings da capital sergipana. Estacionamento lotado. Escada rolante lotada. Corredores lotados, entupidos e barulhentos. Meninos, meninas, bebês, pais, mães, avós e Jesus intercedendo pelos pobres vendedores das lojas infantis. Gente, o que era aquilo?

Acho que nunca vi nada parecido. Como a gente costuma falar aqui em Sergipe, era muito ‘menino’, muita correria e eu me perguntando ‘que é que eu to fazendo aqui’. Pois é, fui fazer uma boa ação e comprar o presente de uma prima. E claro que eu, bem no olho do furacão, não parei de pensar em como será o dia em que eu precisarei comprar presentes para os meus pequenos.

Corredores cheios de brinquedos pelo chão, meninas apertando bonecas e joguinhos de panelas, meninos querendo mil e um carrinhos do Hot Wheels, crianças gritando, a loja revirada, os vendedores com olhos arregalados, desesperados e eu lá, no meio do balacobaco. Pequei o brinquedo e fui pro caixa pensando que não quero levar meus filhos para comprar seus presentes. Não acho legal. Acho que perde um pouco do encanto, da magia que tem o presente do Dia das Crianças e do Natal.

Acho que levar os pequenos para escolher também os estimula a comprar. Sei lá. É muita opção, muita cor, muita ‘diversão empacotada’. Se até eu tava tentada a comprar uma bonequinha só porque era bonitinha, imagina uma guria de 5 anos de idade gritando no seu ouvido: “Eu quero mãe, compra mãeeeeeeee”.

Devaneios a parte, eu só sei de uma coisa: quando tiver de comprar presentes não vou na véspera do Dia das Crianças. Não há paciência, nervos e bolsos que resistam.

domingo, 2 de outubro de 2011

Se um dia eu pudesse ver...


“Se um dia eu pudesse ver /meu passado inteiro / e fizesse parar de chover nos primeiros erros”.

Não, o post não tem nada a ver com Capital Inicial e o Rock in Rio, e sim com algumas verdades que surgem na nossa frente. Verdades que teimávamos em não ver, em não sentir, não acreditar que existiam. Aí passa um tempo e parece que você ganhou óculos sensoriais mágicos. E tudo passa a fazer um sentido.

Aí que enrolação, né? Pois bem: isso tudo pra dizer que precisei passar pela faculdade e chegar até o mercado de trabalho para perceber que meus últimos anos de vida escolar foram sedimentados em amizades de areia.

Eu sempre tentei fazer parte de um grupo. Me esforcei mesmo. E fiz parte. Mas sempre sentia que fazia parte por ser a namorada de alguém. Nada pior que ter um rótulo. O namoro acabou, mas o contato com o grupo permaneceu. Mas sempre ficava um buraco. Nunca me sentia parte integral, não fazia parte das farras ou saídas, e portanto, não tinha papo nos encontros regados a fofocas de festas e afins.

Ver aquele grupo junto até hoje, suas fotos, suas alegrias e suas conversas sobre as mesas coisas de sempre, me deixa 'meio assim, sei lá'. O que incomoda, já que me sentia tão diferente, tão estranha no ninho? Incomoda porque eu gostava do grupo. Porque o processo de compreensão de que as pessoas não são obrigadas a gostar da gente do mesmo jeito que gostamos delas, é doloroso e lento. É tema pra terapia.

Esses dias venho pensando muito nisso. Até ensaiando escrever essas coisas pra algumas pessoas. Mas não sei. Acho que tanta coisa já se perdeu, que nem sei se é vantagem tentar achar.

Então, se eu dia um pudesse ter visto, não me esforçaria. Não faria questão. É isso. Se eu pudesse ter visto, hoje não estaria chovendo dentro de mim.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A difícil tarefa de fazer um blog



Fazer um blog deve ser igual a fazer um filho. Ou melhor: pensar em ter um filho. A gente pensa se vai dar conta, se está preparado pra isso, se é capaz... Depois a gente pensa em que nome dar, como arrumar o espaço, que cores e tons usar, que mensagem passar através daquele novo ser. Pois bem, depois de anos ouvindo que eu devia ter um blog, resolvi tê-lo. É isso: nasceu.

Nasceu e se chama Cinco Minutos, ou vidaemcinco.blogspot.com. Esse meu primeiro filho será uma mistura de amor, medo, superação, fé. Ele vai me revelar, mostrar os meus pensamentos mais loucos, minhas opiniões. Um pedacinho de mim em Cinco Minutos.

O nome Cinco Minutos nasceu na sala de uma cardiologista. No ápice de uma crise de estresse, hipertensão e ansiedade, a médica me olha e diz: “Seu coração está batendo cinco minutos adiantado. É isso que você quer pra sua vida?”

Não. Não é isso que quero pra mim. E foi assim, com a missão de me preencher, de ajudar, de soltar os medos e monstros de dentro de mim, que esse blog foi gerado. Agora taí: é esperar pra ver como ele vai crescer. Então senta aí e vamos conversar em Cinco Minutos.


Foto: Claus Isenberg